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Ecodopplercardiograma transesofágico (intraoperatório)

Este procedimento difere do exame “Ecodopplercardiograma transesofágico”. Consulte código CBHPM

Preparo: Já incluído no preparo anestésico pré-operatório

O que é

A Ecocardiografia transesofágica intraoperatória é um método ultrassonográfico realizado por meio da introdução de sonda esofágica durante uma cirurgia. Esse exame fornece ao cirurgião, em tempo real, informações importantes sobre o aspecto das estruturas cardíacas e sobre a função do coração.

Como é feito

A sonda esofágica é introduzida após o início da anestesia geral e da intubação orotraqueal e é mantida até o término da cirurgia. As imagens são continuamente obtidas, sem interferência no procedimento cirúrgico.

A anestesia da garganta é de curta duração; porém é recomendado que se evitem alimentos muito quentes ou secos na primeira hora após a realização do exame. Caso o paciente receba sedação, será liberado somente após acordar. Na primeira hora após a sedação, pode persistir algum grau de sonolência ou tontura. Como pode persistir algum efeito sedativo por até 12 horas, o paciente deverá evitar atividades que requeiram atenção, como dirigir veículos ou manusear máquinas.

A sedação é procedimento opcional, para conforto do paciente, sendo habitualmente de grau leve a moderado e realizada com benzodiazepínico, preferencialmente midazolam intravenoso. Em casos isolados e em crianças ou indivíduos idosos, indica-se sedação profunda ou anestesia geral acompanhada por anestesiologista.

Indicações
  • Orientação em tempo real de aspectos anatômicos e funcionais em cirurgias cardíacas
  • Monitoramento da função contrátil durante cirurgias
  • Detecção imediata de defeitos residuais e complicações passíveis de correção antes da retirada de circulação extracorpórea
  • Avaliação imediata do resultado pós-operatório
Contraindicações

Absolutas (impedem a realização do exame)

  • Estenose de esôfago
  • Tumor com envolvimento do esôfago
  • Discrasia sanguínea
  • Anticoagulação excessiva
  • Uso recente (menor que 48h) de fibrinolítico
  • Sangramento recente (menor que 1 semana) de varizes de esôfago
  • Divertículo de Zenkel.

Relativas (dificultam mas não impedem a realização do exame)

  • Uso recente (menor que 48h) de fibrinolítico
  • Sangramento recente (entre 1 semana e 1 mês) de varizes de esôfago não tratadas por escleroterapia
  • Insuficiência respiratória (necessário suporte ventilatório prévio).
Efeitos adversos

O Ecocardiograma Transesofágico é procedimento semi-invasivo de baixo risco. Não causa dor nem desconforto respiratório. Algumas complicações podem ocorrer relacionadas ao procedimento e à utilização da sedação:

  • Pequenos sangramentos na garganta
  • Dificuldade à passagem da sonda esofágica em pacientes com doença prévia de esôfago
  • Lesões na mucosa do esôfago
  • Pequenas variações na oxigenação e no ritmo cardíaco.

Complicações graves são muito raras e para maior segurança do paciente é realizada a monitoração contínua do ritmo cardíaco e da oxigenação durante o exame.

Limitações

O exame pode não ser realizado, ou ser inconclusivo, em pacientes que apresentem:

  • Impossibilidade de introdução da sonda no esôfago
  • Dificuldade de alinhamento do feixe ultrassônico, prejudicando avaliação hemodinâmica (gradientes e outros cálculos)
  • Avaliação de estruturas mais anteriores e/ou laterais, distantes do esôfago
  • Limite de profundidade de alcance do feixe ultrassônico, dificultando compreensão tridimensional.

Referências
1. Diretriz para indicações e utilização da ecocardiografia na prática clínica. Revista Brasileira de Ecocardiografia 2004;17(1):49-77.
2. ACC/AHA/ASE 2003 Guideline update for the clinical application of echocardiography: summary article. Journal of the Am Society of Echocardiography 2003;16(10):1091-1110.